Saturday, May 23, 2009

Jesus o revolucionário


Vamos deixar o grande rabi falar por Matheus e volto logo depois para comentar...

Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu. dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. - E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? - Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, cap. XVII, vv. 14 a 20.)”

Jesus, nosso exemplo de persistência, chamou o povo de incrédulo e depravado. Na bíblia evangélica está geração incrédula e perversa que acaba sendo a mesma coisa, pois tanto perverso pode ser depravado. A depravação de uma cultura pode ser perversa por destruir uma crença, que Jesus quis passar com total maestria, que estavam depravando os ensinamentos de Moises. Esse espanto pode ser um sentimento de real espanto da falta de credulidade e fé de um povo que se acha os escolhidos, tanto são, que não reconheceram Jesus como messias salvador. Para não me acusarem de anti-semita que sei que vão, meu sobrenome Nolasco vem de uma casta semita, ou seja, pode ser que não tenho sangue, pois existe um santo com esse sobrenome e muitos davam eles aos filhos por causa de algum milagre ou algo parecido; mesmo assim, nada tenho contra eles, mas achei interessante tal fala de Jesus.

Como hoje que vejo muitos mais crédulos, muitos mais pessoas dizendo as palavras de Jesus e nada fazer para fazer. Isso é ter fé? Fé é muito mais um ato de repetir as palavras que estão no evangelho, muito mais do que “encher” a boca para falar que pertence daquela religião ou não, mas que faz que ele pregar. Estou dizendo que como Jesus mesmo disse, muitos são chamados e poucos são escolhidos, ou seja, muitos se sentem chamados, mas poucos são que se sentem na sua essência escolhidos. Como os judeus na época, vivemos uma depravação com os verdadeiros ensinamentos que estão ocultos, por causa exatamente dessa depravação dos ensinamentos de Jesus. Como esta num evangelho e no outro, pois os evangelhos deveriam ser universais e não mudar palavras, como se quisessem dominar o pensamento das ovelhas (será que por isso são chamados de pastores?). Eu também gostaria de saber se alguém tem alguma intimação para falar em nome de Jesus.

A questão gira em torno do que realmente consiste os ensinamentos, como vimos milhares de igrejas pedirem esmolas, ou que milhares de fieis não doarem sangue nem seus órgãos, por causa de crenças infundadas. Onde fica a caridade? Para mim a questão chega a ser muito mais profunda e ainda abrange a questão da inclusão, que muitas pessoas apóiam, mas que no fundo existe uma questão muito mais duradoura que a “infantilização” do deficiente. Uma casta do cristianismo (a geração infiel) nos vê como crianças eternas, outras castas (a geração de depravados), nos vê como humanos se nos curar e nos fazer andar. Os doutores da lei ainda depravam a fé e ainda depravam o que a sociedade mais quer, pois o mestre nos disse que não trouxe a paz e sim a espada, não é uma questão de ser pacíficos ao ponto de nos alienar e sim, serenidade para melhor nos conhecermos.

A questão de religião como a questão de inclusão esta no intimo e é muito mais do que prédios e rampas, é uma questão de nos autoconhecermos para suportar e superar esses pensamentos hipócritas. Acho que fico um pouco com aquela imagem que Jesus expulsa os comerciantes da “casa do pai”, porque no meu entender são todos fieis, infiéis.

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