Wednesday, August 07, 2019

Vamos falar de preconceito sem romantização e coisas ‘bobas’?




É sabido que o preconceito vem de uma falta de empatia pelo diferente dos padrões estéticos



Nessa segunda-feira (5), lá estava eu ouvindo o programa da Jovem Pan, Panico, e estava dois convidados, um era o Flávio Morgenstein e o jurista Tiago Pavinatto discutindo pautas da politica hoje. O doutor Pavinatto disse que no Estatuto das Pessoas com deficiência é uma politica anti-manicornial do PT (Partido dos Trabalhadores) acabou com as pessoas incapazes e pegou todas as pessoas com deficiência mental e colocou em um mesmo patamar que elas não são interditadas. Claro é uma opinião, pois, quem leu o Estatuto das Pessoas com Deficiência sabe muito bem, que quem provar que pode ter a consciência dos seus atos, pode não ser interditado. Por que? Porque havia uma interdição por qualquer coisa e por todas as famílias, por causa de uma filosofia de infantilizar as pessoas com deficiência. No mesmo estatuto está, que a interdição só é feita pelo psicologo especializado e não pode ter qualquer psicologo, coisa que a gente sabe, que acontece. Várias mulheres com deficiência são mutiladas porque a família acha que elas são incapazes de tomarem decisões e, pelo que podemos ler, não só as mulheres com deficiência mental.
Esse tipo de pensamento é um pensamento corriqueiro dentro dos arredores da sociedade. O ser humano nunca gostou daquilo que fosse diferente, porque de modo evolucionário, o ser humano não gosta do diferente porque ele tem que entender aquilo. Pensar para a maioria dói. Esteticamente, o ser humano olha para uma pessoa e tem que ver certa semelhança senão, ele não assimila ser da mesma espécie e vê como um perigo eminente. Se não vê como um perigo, vê como um ser indefeso que não vai poder se defender. Existem dois fatores sobre o preconceito: primeiro, existem as pessoas ignorantes e segundo, existem as pessoas que não querem entender.
Quando falamos de ignorância eu não estou falando de pessoas que não sabem de nada – ou são alienadas do mundo – estamos falando de pessoas que não convivem com uma pessoa nessas conduções. Pessoas que tem preconceito contra homossexuais, tem mil questões sexuais mal resolvidas – muitos homens têm preferência em ter homens envolta do que mulheres – assim como, existem pessoas que acham que as pessoas com deficiência sofrem. A um dois ou três anos, um biólogo famoso, Richard Dawkins, disse que é imoral uma mãe ter um filho com Síndrome de Down. Um biólogo sabe de síndromes genéticas – ainda mais ele, que escreveu o bestseller, O Gene Egoísta – e sabe, que o ser humano pode se adaptar dentro de uma adversidade da sua realidade. Somos seres altamente, adaptáveis. Isso fez a raça humana sobreviver aos milhões de anos que nós estamos aqui na Terra (que, inegavelmente, é redonda).
E tem outras pessoas que acham que as pessoas com deficiência que não podem exercer nenhum cargo, por causa da sua limitação. Existem pessoas que acham errado, até, sairmos e atrapalharmos seu “sagrado” passeio num dia de domingo. Pegar sua vaga no estacionamento e assim, ter menos vagas para as pessoas “normais” pararem. Só as pessoas “normais” tem todos os direitos, devem trabalhar e não devem ser incomodadas dentro de um shopping. Será mesmo que toda essa imagem moral são de pessoas que se dizem “do bem” por causa de uma religião?
A amostra maior do preconceito foi o regime nazifascista que dizimou o que achou que era inferior aos que achavam serem “arianos”. Não vou explanar o que seriam esses “arianos” - mesmo o porquê, o texto não é sobre – mas, dizem que a única vez que viram Hitler chorar, foi quando assinou o decreto para matar as pessoas com deficiência nos hospitais públicos da Alemanha. Mesmo assim, muitos comandantes nazistas – incluindo Hitler – eram ou tinham a suspeita de serem meio judeu, eram homossexuais, eram pessoas com deficiência – o ministro da propaganda teve paralisia infantil e Hitler tinham problemas no joelho por causa de um tiro – e tinham transtornos e síndromes. Por exemplo, Rosenberg era depressivo e ansioso. Então, tudo que rejeitamos em nós, temos que culpar o outro, aquele que me fez ver que não sou perfeito, porque, sou humano.